Ao confirmar a tendência de o STF manter hoje a Lei da Ficha Limpa, o ex-governador Joaquim Roriz estará inelegível e só poderá voltar a se candidatar em 2023, quando terá 87 anos. Integrantes do grupo político de Roriz, inclusive, estão pessimistas em relação ao resultado da votação desta quarta-feira no Supremo.
Em 2010, Roriz teve o registro de candidatura ao Governo do Distrito Federal rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF e pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Ficha Limpa, por ter renunciado ao mandato de senador em 2007. Caso os ministros do STF decidam hoje que ficam inelegíveis todos aqueles que renunciaram para escapar da cassação, Roriz estaria fora pelo prazo de oito anos, contados a partir de 2015, período em que seu mandato terminaria. Caso esse ponto da lei mude, Roriz não será penalizado. A tendência é que o ex-governador recorra da decisão alegando que renunciou em um ambiente jurídico em que não havia esse dispositivo, o que feriria o princípio de irretroatividade.
Nesta quarta, à espera da definição de seu futuro político, Roriz não descarta uma nova candidatura. Chegou a cogitar a disputa nas eleições municipais de Luziânia (GO), sua cidade natal, mas a hipótese já foi descartada. Nos próximos dias, conforme o Correio mostrou no último sábado, Roriz começa uma rodada de visitas a cidades do DF, para conversar com eleitores e “sentir o que eles precisam”. O ex-governador administrou o Distrito Federal por quatro mandatos, tendo saído em 2006 para disputar o Senado.