Após quatro trocas de nomes no comando Executivo Municipal, a cidade de Mariana passa a contar, a partir desta quarta-feira, com um novo prefeito, o então vice Roberto Rodrigues (PTB). Isso porque a ex-colega de chapa do petebista e última ex-prefeita, Terezinha Ramos (PTB), teve o mandato cassado pelos vereadores do município nessa terça-feira, acusada de empregar R$ 98 mil dos cofres para pagar advogados para defesa particular. Ela responde processo relativo a suspeitas de irregularidades na campanha eleitoral do último pleito municipal, em 2008. Na ocasião, o juiz eleitoral de Mariana impediu que Rodrigues assumisse a prefeitura por também considerá-lo suspeito.
De acordo com informações obtidas no gabinete do novo prefeito, Rodrigues tem como prioridade resolver a decisão da Justiça de proibir comemorações de carnaval no Centro Histórico de Mariana. Segundo um assessor de gabinete, ele está reunido na manhã desta quarta para tenntar viabilizar que as festas de carnaval possam ser realizadas em outros espaços da cidade que não em áreas de patrimônio histórico. Nessa terça-feira, o juiz Alexsander Antenor Penna da Silva atendeu ao pedido do Ministério Público para impedir bailes, desfiles e shows nas Praças Minas Gerais, Benevides, Gomes Freire (Jardins), de São Pedro e entornos, para evitar danos às construções dos séculos XVIII e XIX.
Dança das cadeiras
Desde as eleições de 2008, os eleitores de Mariana já foram representados por vários parlamentares: os ex e atual presidentes da Câmara Municipal, Geraldo Sales, conhecido como "Bambu" (PDT), e Raimundo Horta (PMDB); Roque Camello (PSDB), e, por duas vezes, Terezinha Ramos (PTB).
Roque Camello ganhou as eleições mas não assumiu, sob a a acusação de compra de votos. Terezinha Ramos ocupou a vaga, mas foi afastada e cassada entre 2009 e 2010 por irregularidade na prestação de contas da campanha junto com o vice, Roberto Rodrigues (PTB) - que é o atual prefeito da cidade.
Com isso, o posto foi assumido durante oito meses por Raimundo Horta e, em seguida, pelo novo presidente da Câmara eleito pelos vereadores, o Bambu, de forma interina. Mas, por meio de apelação ao Tribunal Regional Eleitoral em Minas (TRE-MG), Terezinha Ramos conseguiu reverter a cassação e reconquistar o cargo, o qual ela ocupou até essa terça-feira.