Esse levantamento revela ainda que não só os juízes foram contemplados. Muitos servidores também receberam valores antecipadamente, furando a fila interna do tribunal.
Ainda não se sabe o contingente exato de funcionários que, a exemplo de magistrados, se enquadraram no critério do compadrio. Nem o montante a eles concedido.
O cenário interno no maior tribunal do País revela que presidentes, historicamente, ficaram nas mãos de servidores poderosos. Uma funcionária chegou a sonegar informações a um ex-presidente.
Sartori afirma que não vai permitir que essa situação perdure em sua gestão e informa que a investigação sobre pagamentos antecipados vai "ficar centrada" nos 29 magistrados que receberam valores altos.
Ele tem recebido manifestações de apoio incondicional de seus pares desde que mandou apurar as condições em que os pagamentos foram efetuados.
Os repasses sob inspeção ocorreram entre 2006 e 2010, período em que o TJ foi governado sucessivamente pelos desembargadores Celso Luiz Limongi, Roberto Valim Bellocchi e Antonio Carlos Vianna Santos.