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Estado de Minas

Comissão de Direitos Humanos da Câmara quer que embaixador brasileiro deixe a Síria

Embaixadores do Brasil participam da reunião do grupo Amigos da Síria, na Tunísia, que debate o assunto, e Patriota está na Turquia onde a crise síria também é tema de discussões


postado em 24/02/2012 14:39

Brasília - O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PPS-PA), defendeu nesta sexta-feira que o embaixador brasileiro na Síria, Edgard Antonio Casciano, deixe o país. Jordy disse que o agravamento da violência e o desrespeito aos princípios democráticos e aos direitos humanos no país não condizem com as propostas defendidas pelo Brasil.

Jody disse que encaminhará ainda hoje a sugestão à presidenta Dilma Rousseff e ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. O documento, denominado requerimento de indicação, é um instrumento de que dispõe o Legislativo para sugerir a outro Poder a adoção de providências.

“Os últimos acontecimentos na Síria não permitem que o Brasil mantenha uma representante diplomática no país”, disse Jordy. “Não há razão para o embaixador continuar lá. A Síria não respeita o Estado Democrático de Direito, e vidas estão sendo ceifadas. Tudo isso é inadmissível.”

De acordo com o deputado, a retirada do embaixador brasileiro da Síria é uma maneira de reforçar a pressão internacional contra o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, suspeito de violações de direitos humanos e desrespeito à democracia. Há 11 meses, o governo Assad é alvo de protestos intensos.

Recentemente alguns governos de países do Golfo Pérsico, dos Estados Unidos, da França, da Itália, do Reino Unido e do Egito convocaram seus embaixadores na Síria e determinaram que deixassem Damasco – a capital síria. O governo brasileiro acompanha de perto as negociações para encerrar o impasse na Síria.

Embaixadores do Brasil participam da reunião do grupo Amigos da Síria, na Tunísia, que debate o assunto, e Patriota está na Turquia onde a crise síria também é tema de discussões. Ele conversa com as autoridades da Liga Árabe (formada por 22 nações) que conduzem o processo de negociação com Assad.


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