Uma das principais lideranças do PT em Minas Gerais, o ex-ministro Patrus Ananias afirmou neste sábado ser favorável ao apoio do partido à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), mas se mostrou radicalmente contrário a uma aliança com o PSDB, convidado pela direção socialista para participar da campanha à reeleição. O acordo em torno do prefeito, inclusive com os tucanos, é defendido pela direção petista no Estado e pelo ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que se uniu ao então governador e atual senador Aécio Neves (PSDB-MG) para a primeira eleição do socialista.
Neste sábado, a tendência Articulação, da qual Patrus faz parte, realizou encontro em Belo Horizonte e definiu apoio a Lacerda - parte do PT defende candidatura própria -, mas sem aliança com os tucanos. Um dia antes, a direção do PSDB em Minas reuniu-se com o prefeito e o presidente do diretório mineiro do PSB, o ex-ministro Walfrido Mares Guia, para apresentar reivindicações para a consolidação da aliança. Entre as exigências está a participação formal na coligação, ao contrário do que ocorreu em 2008, quando houve apoio informal.
Para Patrus, uma aliança formal é inviável por causa das "divergências históricas, profundas e de projetos de sociedade" entre os dois partidos. "Não queremos e vamos trabalhar contra a aliança formal com o PSDB. Não é uma linha sectária. Eu tenho relação de amizade com várias pessoas do PSDB. Mas nós temos diferenças claras com relação às nossas prioridades. Nesse sentido nós vamos trabalhar na perspectiva de que o PSDB não participe dessa aliança. Não queremos o PSDB. Queremos aliança PT e PSB, que são aliados no plano nacional", afirmou.