O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), disse neste domingo que não vê "problema" na coligação do PSDB com o PSD na eleição a prefeito de São Paulo, mesmo tendo seu partido de abrir mão da indicação do vice-candidato na chapa dos tucanos, vaga que agora será preenchida por um nome escolhido pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
O senador alega que mais importante do que o interesse partidário é a oportunidade de dar ao eleitor de São Paulo a chance de eleger um candidato com competência para administrar a cidade. "Como o Serra é um gestor consagrado, credito que ele terá o respaldo para vencer a eleição", avaliou.
Outro ponto defendido por Demóstenes é que a entrada de José Serra na disputa ajudaria a brecar o que chama de "ideário maluco do PT". "Eu nunca quis que houvesse uma briga com o PSDB" afirma . "O importante é a causa e a causa é o Serra ganhar a eleição contra esse ideário maluco do PT".
Ele descarta qualquer tipo de desentendimento com o PSD de Kassab. "O PSD é página virada, é um partido como outro qualquer. Eventualmente nós podemos estar coligados com ele em algum lugar". O líder acredita que o candidato do PT, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, ou qualquer outro nome do partido, deve alcançar no máximo o teto eleitoral do partido nas eleições em São Paulo, de cerca de 30%.
Este ano, Demóstenes acredita que atingir esse teto será mais difícil porque optaram por um nome novo e não pelo da ex-prefeita e senadora Marta Suplicy, que até agora não convenceu quanto a sua disponibilidade em fazer campanha para Haddad. "Acredito que a Marta só vai entrar formalmente na campanha. De coração, ela não entra", afirma. "E qualquer que seja esse prognóstico, é certo que o Serra terá o respaldo para se eleger", reitera o líder do DEM.