Brasília – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) retirou nesta terça-feira a escolta para proteção da juíza Fabíola Michele Muniz Mendes Freire de Moura. Por intermédio da Associação dos Magistrados de Pernambuco, a juíza havia pedido ao CNJ providências para garantir sua segurança, já que se sentia ameaçada, porque estava julgando processo no qual policiais militares estavam envolvidos.
No ano passado, o CNJ concedeu uma liminar dando proteção à juíza. Por conta disso, ela estava andando com carro blindado e segurança.
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, disse que conversou com o presidente e o corregedor do TJPE e que eles garantiram que não havia mais riscos para a segurança da juíza. “Ela estava realmente apavorada, mas o serviço de inteligência [do tribunal] não indicava [motivo para] qualquer preocupação.”
Fabíola estava à frente de processo no qual policiais militares eram acusados de tortura. Segundo o advogado da Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco, Jonas da Cruz, ameaças à juíza e a seu marido motivaram o pedido de providências para garantir sua segurança.