Serra falou também que as ações e os movimentos políticos são subordinados às circunstâncias e à conjuntura do momento. Na carta, lida aos membros do diretório, ele observa ainda que, nos últimos dias, ouviu os seus interlocutores, como o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), e refletiu sobre a situação do País e sobre os dissabores que o processo democrático tem enfrentado diante do avanço da hegemonia de uma força política sobre São Paulo, numa referência ao PT.
Ele disse também que São Paulo é a maior cidade do Brasil e que, neste ano, se travará uma disputa não apenas para o futuro do município, mas também para o futuro do País. "Uma disputa entre duas visões distintas de Brasil, duas visões distintas de administração dos bens coletivos, duas visões distintas de democracia, duas visões distintas de respeito aos valores republicanos". Na carta, ele ainda ressalta que não foge às suas responsabilidades e que, ao se apresentar para a disputa, deixa claro que quer ser prefeito de São Paulo porque, segundo ele, a cidade cobra o que há de melhor do PSDB. "Nós respeitamos os nossos adversários, mas temos clareza de que o nosso partido e os nossos aliados representam o melhor para esta cidade".
Serra disse também que sempre estimulou o processo de prévias na disputa partidária e que pretende fazer uma administração em São Paulo "digna de nosso sonho". Serra vai conversar amanhã, à tarde, com jornalistas na sede estadual da legenda para falar sobre sua entrada na disputa pela Prefeitura de São Paulo.