Prestes a se unirem mais uma vez em torno da eleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tentará novo mandato em Belo Horizonte, petistas e tucanos mostram que a manutenção do casamento será barulhenta. Em clima de guerra declarada, em razão de um encontro do PT no sábado que rendeu críticas do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, ao senador Aécio Neves (PSDB), ontem foi a vez de os aliados do tucano usarem a tribuna da Assembleia para disparar contra o petista. Pouco tempo depois, o PT divulgou nota de repúdio ressaltando as “diferenças” entre os partidos.
Com a ajuda de aliados de outras legendas, os tucanos atacaram Patrus, a quem chamaram de “incoerente” por agora defender a união com Marcio Lacerda – em 2008 ele foi contrário à aliança. “Ele prega tanto o investimento na área social e diz que por isso não pode estar junto do Aécio. Qual a razão então de ter subido no palanque do ex-senador Hélio Costa e do deputado federal Newton Cardoso (ambos do PMDB)? É igual vara de bambu e vai para onde o Lula manda?”, questionou o vice-líder Rômulo Viegas (PSDB) . No sábado, Patrus disse querer a continuidade da união com Marcio Lacerda, mas sem o PSDB, citando diferenças profundas com o ex-governador Aécio. “Nunca o vi subindo periferias, nunca o vi conversando com os pobres, nunca o vi privilegiando políticas públicas sociais”, argumentou Patrus.
Viegas, que foi subsecretário do governo tucano, defendeu a atuação de Aécio na área social. Disse que o estado foi o primeiro a implementar a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e alegou faltar coerência a Patrus que, segundo ele, terá de se conformar com a presença do PSDB na chapa. “O PT não tem democracia interna. Lula decidiu o Fernando Haddad em São Paulo, o Eduardo Paes no Rio de Janeiro, o Gustavo Fruet em Curitiba e aqui terão de nos engolir goela abaixo”, afirmou, se referindo aos pré-candidatos a prefeitos.
O líder do PSDB, Bonifácio Mourão, chamou Patrus de infeliz e citou programas do governo Aécio, como o Pró-Acesso, para justificar o caráter social do governo. “O Patrus prega o trabalho aos pobres mas não pode ficar só nas palavras. Tem que mostrar o que tem feito em Minas nesse sentido. Nem de longe chega perto do Aécio”, provocou.
Para Gustavo Valadares (PSD), a declaração de um homem que muda de opinião da maneira que o petista fez não deve ser considerada. “Ele era anti-Lacerda até o dia em que o prefeito lhe ofereceu um cargo para ocupar seu tempo ocioso no Conselho Consultivo da Prefeitura. Depois disso mudou de opinião e virou pró-Lacerda”, disse Valadares. Os aliados se revezaram na tribuna durante pronunciamento do deputado Duarte Bechir (PSD), que falou durante uma hora sobre o que considerou “demonstração de fraqueza política” do ex-ministro.
Diferenças
Na mesma tarde, a Executiva do PT divulgou nota reclamando da fala do presidente do PSDB, Marcus Pestana, que já no sábado havia rebatido Patrus, criticando a postura do ex-ministro. O tucano ironizou as declarações lembrando que Patrus esteve contra Lacerda e ao lado de Hélio Costa, chamado de “um dos mais conservadores”. O PT disse que a diferença de métodos e concepções “não permite coligações entre os dois partidos” e comparou os governos Lula e Dilma com o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Os petistas também chamaram os tucanos de antidemocráticos e disseram, na nota, se orgulhar da contribuição dos movimentos sociais em seus quadros. “O perfil autoritário e antidemocrático do PSDB-MG expressa claramente a essência da prática política e a trajetória autoritária de quem não respeita e não consegue conviver com as diferenças. Prova disso são os constantes ataques e perseguições às lideranças do PT”. O partido “repudia veementemente a tentativa de desqualificar a liderança do ex-ministro Patrus Ananias”, que “tem ilibada trajetória política”. “Ao lado do presidente Lula, contribuiu de forma decisiva para o enfrentamento à pobreza em nosso país”, afirma a nota.
Com a ajuda de aliados de outras legendas, os tucanos atacaram Patrus, a quem chamaram de “incoerente” por agora defender a união com Marcio Lacerda – em 2008 ele foi contrário à aliança. “Ele prega tanto o investimento na área social e diz que por isso não pode estar junto do Aécio. Qual a razão então de ter subido no palanque do ex-senador Hélio Costa e do deputado federal Newton Cardoso (ambos do PMDB)? É igual vara de bambu e vai para onde o Lula manda?”, questionou o vice-líder Rômulo Viegas (PSDB) . No sábado, Patrus disse querer a continuidade da união com Marcio Lacerda, mas sem o PSDB, citando diferenças profundas com o ex-governador Aécio. “Nunca o vi subindo periferias, nunca o vi conversando com os pobres, nunca o vi privilegiando políticas públicas sociais”, argumentou Patrus.
Viegas, que foi subsecretário do governo tucano, defendeu a atuação de Aécio na área social. Disse que o estado foi o primeiro a implementar a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e alegou faltar coerência a Patrus que, segundo ele, terá de se conformar com a presença do PSDB na chapa. “O PT não tem democracia interna. Lula decidiu o Fernando Haddad em São Paulo, o Eduardo Paes no Rio de Janeiro, o Gustavo Fruet em Curitiba e aqui terão de nos engolir goela abaixo”, afirmou, se referindo aos pré-candidatos a prefeitos.
O líder do PSDB, Bonifácio Mourão, chamou Patrus de infeliz e citou programas do governo Aécio, como o Pró-Acesso, para justificar o caráter social do governo. “O Patrus prega o trabalho aos pobres mas não pode ficar só nas palavras. Tem que mostrar o que tem feito em Minas nesse sentido. Nem de longe chega perto do Aécio”, provocou.
Para Gustavo Valadares (PSD), a declaração de um homem que muda de opinião da maneira que o petista fez não deve ser considerada. “Ele era anti-Lacerda até o dia em que o prefeito lhe ofereceu um cargo para ocupar seu tempo ocioso no Conselho Consultivo da Prefeitura. Depois disso mudou de opinião e virou pró-Lacerda”, disse Valadares. Os aliados se revezaram na tribuna durante pronunciamento do deputado Duarte Bechir (PSD), que falou durante uma hora sobre o que considerou “demonstração de fraqueza política” do ex-ministro.
Diferenças
Na mesma tarde, a Executiva do PT divulgou nota reclamando da fala do presidente do PSDB, Marcus Pestana, que já no sábado havia rebatido Patrus, criticando a postura do ex-ministro. O tucano ironizou as declarações lembrando que Patrus esteve contra Lacerda e ao lado de Hélio Costa, chamado de “um dos mais conservadores”. O PT disse que a diferença de métodos e concepções “não permite coligações entre os dois partidos” e comparou os governos Lula e Dilma com o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Os petistas também chamaram os tucanos de antidemocráticos e disseram, na nota, se orgulhar da contribuição dos movimentos sociais em seus quadros. “O perfil autoritário e antidemocrático do PSDB-MG expressa claramente a essência da prática política e a trajetória autoritária de quem não respeita e não consegue conviver com as diferenças. Prova disso são os constantes ataques e perseguições às lideranças do PT”. O partido “repudia veementemente a tentativa de desqualificar a liderança do ex-ministro Patrus Ananias”, que “tem ilibada trajetória política”. “Ao lado do presidente Lula, contribuiu de forma decisiva para o enfrentamento à pobreza em nosso país”, afirma a nota.