Oliveira não quis se manifestar a respeito da notícia de que deixará o posto.
Em relação às situações de Bendine e do presidente da Previ, Ricardo Flores, a informação do governo é de que Dilma considerou “razoável” o comportamento deles ontem, um dia depois de tê-los enquadrado na “lei do silêncio”. Na terça-feira, a presidente disse a Mantega que pusesse fim às brigas, sob pena de demitir os dois dirigentes.
Articulações
Bendine e Flores se desentenderam há cerca de um ano, durante a substituição do executivo Roger Agnelli na presidência da Vale. Influente dentro do governo, Ricardo Oliveira apresentou na ocasião duas sugestões de nomes para assumir o posto: Rossano Maranhão, ex-presidente do BB, e Aldemir Bendine. Mantega, no entanto, preferiu Murilo Ferreira.
A escolha do ministro recebeu apoio de Flores, da Previ. Bendine sentiu-se traído e, desde então, as rusgas entre os dois executivos vêm deixado o ambiente na cúpula do BB tenso.
Ricardo Oliveira é tido como um forte articulador político. Ele tem acesso ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), do mesmo modo que Bendine. Sua atuação de bastidores também é muito notada. Ele teria sido o responsável pela indicação dos dois últimos presidente do BB, Lima Neto e Bendine, funcionário de carreira do banco, assim como a do próprio Ricardo Flores para a Previ.