Chalita criticou o ex-governador, de quem foi desafeto enquanto era filiado ao PSDB - ao sair do partido em 2009, passou pelo PSB antes de ir para o PMDB. “Quem pode ser acusado de incoerente é o Serra, que assina uma coisa e não cumpre o que assinou, e o Kassab, que acena para um lado e para outro. Eu tenho uma cara só. Na nossa linha, não tem política de subsolo, é tudo absolutamente claro”, disse ao ser indagado se o eleitorado não apontaria incoerência nas críticas, já que ele fazia parte da mesma sigla que Serra.
Questionado sobre uma eventual pressão do PT para abrir mão de sua candidatura e apoiar o petista Fernando Haddad, no cenário com Serra na disputa, Chalita disse que a eleição não será polarizada e que o PT respeita a sua intenção de disputar.
“Tenho muito respeito pelo PT, pela presidenta Dilma e pelo presidente Lula, mas minha candidatura não é linha auxiliar de ninguém”, disse. Segundo Chalita, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) está “muito empolgado” com a sua campanha.
“Não muda a estratégia do PMDB porque a gente já contava com a candidatura do Serra. Ele tem dito uma coisa e tem feito outra já faz um tempo”, disse.
O pré-candidato disse ser bem-vindo o apoio do PSDB, caso vá ao segundo turno. “Se eu for contra o PT, espero que o PSDB apoie. Minha relação com (o governador Geraldo) Alckmin é muito boa e continua muito boa”, afirmou. “Serra não apoiaria o PT no segundo turno. Quero o voto dos eleitores do PSDB, inclusive no primeiro turno.”