A nota criou, na época, polêmica na sigla, uma vez que alguns membros da bancada estadual alegaram não terem sido consultados sobre a divulgação do manifesto. "Hoje declaramos apoio de maneira testemunhal, pois já havíamos feito o manifesto antes dele ter definido sua candidatura à Prefeitura de São Paulo."
O líder da bancada do PSDB negou que os deputados estaduais tenham mudado de opinião sobre a realização das prévias, mas argumentou que Serra se mostrou favorável ao processo interno. "A bancada entende que não era necessárias as prévias, mas agora o próprio José Serra aceitou a disputa nas prévias. Então, não há o que discutir com quem estamos apoiando", disse. "Não tenho a menor dúvida de que se ele tivesse colocado seu nome antes, nós não estaríamos nem discutindo as prévias."
Morando disse ainda que os deputados estaduais do PSDB irão mobilizar as suas assessorias para arregimentar o maior número de apoios à pré-candidatura do ex-governador e ressaltou que a ideia é promover, mesmo antes das prévias, um ato de apoio ao seu nome na eleição interna. O deputado foi questionado se acredita que o processo interno pode ser suspenso antes da sua realização. "Nós não queremos desqualificar os outros postulantes, mas tudo é possível", respondeu.
O líder do PSDB disse ainda que a entrada de Serra no pleito veio para impedir uma hegemonia do PT tanto em São Paulo como no Brasil. Ao todo, participaram da reunião 19 dos 22 membros da bancada estadual. Os deputados estaduais Geraldo Vinholi e Marcos Zerbini não compareceram ao encontro porque estavam em viagem, enquanto o deputado Welson Gasparini permanece em licença médica. Morando garantiu que os três parlamentares ausentes declararam apoio à pré-candidatura de Serra.