A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem o nome do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), também bispo da Igreja Universal, como o novo ministro da Pesca. Com a indicação, o Palácio do Planalto estaria tentando blindar Haddad de ataques religiosos, bem como viabilizar uma aliança entre PT e PRB na sucessão da Prefeitura de São Paulo, com a eventual desistência da pré-candidatura do ex-deputado federal Celso Russomanno.
Em conversa com jornalistas nesta tarde, Serra avaliou ainda que "seria surpreendente" se o governo federal também não agisse para impedir uma aliança entre PSDB e PSB em São Paulo. Iss porque o PSB integra a base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), mas, em São Paulo, compõe a administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Seria surpreendente se eles fizessem o contrário, isso faz parte", disse o ex-governador.
O líder do PSDB na Assembleia Legislativa de São Paulo, Orlando Morando, que participou da reunião, disse que a indicação do senador Marcelo Crivella para o Ministério da Pesca só irá se confirmar como uma intervenção do governo federal se o ex-deputado federal Celso Russomanno deixar a corrida eleitoral.
Debate
Serra disse que não foi comunicado pela direção municipal do PSDB sobre o pedido feito pelos demais pré-candidatos do partido para a realização de, pelo menos, dois debates antes da realização da eleição interna. Em carta aberta, José Aníbal e Ricardo Trípoli, que são pré-candidatos, criticaram o adiamento do processo de prévias, do dia 4 para 25 de março.
Segundo Serra, a sua estratégia na pré-campanha é visitar os diretórios zonais do PSDB na capital paulista. O pré-candidato tucano antecipou que já projeta a sua equipe de campanha e avaliou como excelentes nomes o deputado estadual Orlando Morando, o secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, e o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas. Os dois últimos abriram mão da pré-candidatura em favor de Serra.