O Palácio do Planalto quer acelerar ao máximo a tramitação do projeto de lei que cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) no Senado. De acordo com o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), a meta é fazer o texto percorrer o caminho normal de tramitação — que inclui a aprovação em três comissões, antes de ir ao plenário — em apenas 30 dias. O projeto está entre as prioridades da agenda legislativa do governo neste ano.
“Eu acho que o processo será mais redondo no Senado, para usar o jargão futebolístico”, afirmou o líder. Na Câmara, além da questão de se tratar de um tema delicado, com a retirada de direitos dos servidores públicos em ano eleitoral, o cenário político influenciou fortemente a tramitação da Funpresp. Partidos da base aliada do governo insatisfeitos com a relação com o Planalto, como o PR e o PDT, por exemplo, se posicionaram contra o texto no plenário da Casa. A votação chegou a ser adiada por conta de atritos entre o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e o governo, envolvendo nomeações de afilhados no Banco do Brasil.
Esplanada
Na avaliação de Jucá, as demandas dos partidos governistas por ministérios estão sendo solucionadas. “A presidente Dilma Rousseff está conversando com os partidos. No momento oportuno, ela vai definir que tipo de espaço esses partidos terão no espectro ministerial”, disse o líder. “O PR está discutindo o retorno da legenda a um espaço ministerial. É importante que o PR seja atendido. Trata-se de um partido grande, tem muitos votos para o governo. É uma bancada importante no Senado.”