"Do jeito que estou nas pesquisas, é um suicídio não continuar. Uma coisa é o PRB na base de sustentação da presidente Dilma Rousseff, a outra são os acertos políticos para a campanha municipal", disse Russomanno. De acordo com ele, nem um pedido da presidente seria capaz de fazê-lo desistir do planos.
A substituição no comando da Pesca é uma forma da presidente Dilma Rousseff reduzir os atritos com a bancada evangélica e fortalecer a candidatura de Haddad à prefeitura - o petista tem sido alvo de críticas de religiosos por conta do kit anti-homofobia preparado durante sua gestão no Ministério da Educação.
O pré-candidato do PRB disse que vê com "bons olhos" ter Haddad como seu vice. Indagado se tinha a mesma percepção de uma composição contrária - ser vice de Haddad -, respondeu: "Por enquanto, não (vejo com bons olhos), porque estou muito bem nas pesquisas".
Russomanno disse ainda não temer o uso da máquina do Palácio do Planalto a favor de Haddad: "O Brasil já demonstrou várias vezes que ter a máquina na mão não é o suficiente pra se ganhar uma eleição. Em São Paulo, é um exemplo disso, houve candidaturas que, com a máquina na mão, perderam a eleição. O que importa é como o candidato é visto pela população."