Haddad disse que não acredita na possibilidade do novo ministro interferir junto à bancada evangélica e, assim, poupá-lo de críticas sobre o kit. Segundo ele, ele vem mantendo uma boa relação com os evangélicos e que, em nenhum momento, a bancada sustentou essas críticas pessoalmente. "As críticas aparecem como uma futrica no jornal, nunca foram uma conversa frente a frente", afirmou. Para o ex-ministro da Educação, há um exagero na publicidade do assunto e isso vem produzindo efeitos ruins para a sociedade. "A sociedade começa a aparecer como mais intolerante do que realmente é", afirmou.
O pré-candidato do PT argumentou que vê nas candidaturas do PMDB e PRB uma estratégia local dos partidos, e não uma forma de pressão por espaço no governo da presidente Dilma Rousseff. "A provável candidatura do PMDB na cidade de São Paulo não tem nada a ver com o que se passa em Brasília, é uma estratégia local do vice-presidente da República, Michel Temer, de aumentar a presença do PMDB na cidade e no Estado de São Paulo. É uma estratégia que independe das boas ou não tão boas relações momentâneas de um determinado período", considerou. O petista revelou ainda que falou recentemente com o pré-candidato do PMDB deputado federal Gabriel Chalita, e que marcaram uma conversa sobre o cenário em São Paulo. "Você tem o primeiro turno, provavelmente um segundo turno, e um governo depois. Então, nesse jogo de xadrez, você tem de antecipar movimentos", disse.
O pré-candidato do PT disse que não descarta a possibilidade de composição com o pré-candidato do PMDB, mas que "não é elegante incidir sobre uma candidatura que tem uma base de legitimidade". Na opinião do petista, o PRB também tem a sua estratégia local e que, possivelmente, manterá a pré-candidatura de Celso Russomanno.