Jornal Estado de Minas

Tratamento de Lula contra pneumonia vai durar 14 dias

O ex-presidente não precisará permanecer no hospital durante todo o tempo, mas, mesmo em casa, deverá seguir as orientações médicas

AgĂȘncia Estado
O tratamento contra pneumonia, de acordo com os médicos, deve durar 14 dias - Foto: Ricardo Stuckert - Instituto Lula O oncologista Artur Katz, que integra a equipe que cuida de Luiz Inácio Lula da Silva, informou nesta segunda-feira que o tratamento contra a pneumonia do ex-presidente deve durar até duas semanas, o que não significa que Lula terá de permanecer internado, ao longo de todo esse período, no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista. "Normalmente são de 10 a 14 dias de antibióticos, mas não obrigatoriamente esse período (de tratamento) se dará no hospital. Uma vez consolidada a melhora ele pode tomar os antibióticos em casa."
De acordo com Katz, Lula foi submetido nesse domingo a uma tomografia que não detectou a presença do tumor na laringe. Mas o exame que vai comprovar o sucesso do tratamento só será feito após a melhora da inflamação e do inchaço na garganta. "O que a gente pode dizer é que não se vê um tumor grosseiro", revelou.

Lula foi internado ontem com febre baixa e com dificuldade para engolir. Segundo o médico, o ex-presidente já se sente melhor e vem respondendo bem ao tratamento. Katz contou que Lula não sente mais dor para engolir, apenas um desconforto. "A dor maior foi ter visto a derrota do Corinthians ontem", disse.

Katz disse que a restrição às visitas foi necessária não devido à pneumonia, mas para evitar que o ex-presidente faça esforço para falar, o que causa desconforto na laringe. "É para tentar fazer o ex-presidente dar uma pausa vocal e falar menos", explicou. De acordo com o médico, a pneumonia é uma reação considerada natural ao tratamento que provocou a redução da imunidade de Lula, além de queda de peso e de seu ânimo geral. Os efeitos da quimioterapia e radioterapia podem durar de três a quatro semanas após o término das sessões e a melhora é gradual. "O tratamento ao qual o ex-presidente foi submetido é extraordinariamente pesado", ressaltou Katz. "Em alguns aspectos a tolerância do ex-presidente foi até muito maior que a das maioria das pessoas", acrescentou.

Embora o presidente tenha reagido bem ao tratamento, a imunidade de Lula não deve voltar ao níveis anteriores à doença e ao tratamento. "Evidentemente, muda a imunidade. Não se pode dizer que ele não tenha uma imunidade boa mas não é uma imunidade igual ao do passado ou a que voltará ter em breve."