Lula foi internado ontem com febre baixa e com dificuldade para engolir. Segundo o médico, o ex-presidente já se sente melhor e vem respondendo bem ao tratamento. Katz contou que Lula não sente mais dor para engolir, apenas um desconforto. "A dor maior foi ter visto a derrota do Corinthians ontem", disse.
Katz disse que a restrição às visitas foi necessária não devido à pneumonia, mas para evitar que o ex-presidente faça esforço para falar, o que causa desconforto na laringe. "É para tentar fazer o ex-presidente dar uma pausa vocal e falar menos", explicou. De acordo com o médico, a pneumonia é uma reação considerada natural ao tratamento que provocou a redução da imunidade de Lula, além de queda de peso e de seu ânimo geral. Os efeitos da quimioterapia e radioterapia podem durar de três a quatro semanas após o término das sessões e a melhora é gradual. "O tratamento ao qual o ex-presidente foi submetido é extraordinariamente pesado", ressaltou Katz. "Em alguns aspectos a tolerância do ex-presidente foi até muito maior que a das maioria das pessoas", acrescentou.
Embora o presidente tenha reagido bem ao tratamento, a imunidade de Lula não deve voltar ao níveis anteriores à doença e ao tratamento. "Evidentemente, muda a imunidade. Não se pode dizer que ele não tenha uma imunidade boa mas não é uma imunidade igual ao do passado ou a que voltará ter em breve."