Desde o fim de semana que as declarações feitas por Jérôme vem causando incômodo às autoridades brasileiras, que reagiram prontamente as provocações. Ainda no sábado, durante entrevista coletiva, o ministro disse que o governo brasileiro não pode dialogar com um interlocutor que “emite declarações descuidadas e intempestivas”. Mas, em Londres, de acordo com a Rádio França Internacional, ao saber das declarações de Rebelo, o secretário-geral da Fifa respondeu ao ministro brasileiro com ironia e reafirmou que o país não está honrando os compromissos em relação à organização do evento, às construções dos estádios, além de outros atrasos. Valcke disse ainda que a a reação do ministro era “um pouco infantil”.
Reação do governo
Nesta segunda-feira, o presidente da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, deputado Renan Filho (PMDB-AL), classificou como “inadmissível” a declaração do secretário-geral da Fifa. "Enquanto interlocutor da Fifa com o governo brasileiro, é inadmissível que o secretário-geral faça uso de expressões inconsequentes, deselegantes e de linguajar chulo, sem considerar as responsabilidades que essa relação e seu cargo exigem", disse o presidente da comissão em nota divulgada nesta segunda-feira. Renan Filho chamou ainda de "insultuosa, descuidada e inapropriada" a manifestação de Valcke.
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP), também desqualificou as críticas e disse que a fala de Jérôme é uma “intromissão grosseira”. “O ministro Aldo Rebelo não falou apenas em seu nome e em nome do governo, mas falou em nome de todo o povo brasileiro a respeito da intromissão grosseira da Fifa”, disse Sarney. Na entrevista em que fez as críticas, Valcke também apontou a lentidão com que tramita no Congresso o o projeto que institui a Lei Geral da Copa de 2014.
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