Na semana passada, o BCE anunciou a liberação adicional de 530 bilhões de euros para os bancos europeus a juros de 1% ao ano. Em dezembro, 489 bilhões de euros já haviam sido oferecidos aos bancos. A chanceler reagiu, informando que os países desenvolvidos tentam buscar solução para as maiores dificuldades.
As discussões ocorrem no momento em que o governo da Alemanha tenta aprovar a proposta de contenção de gastos definida na última reunião da União Europeia, na semana passada, e também enfrenta uma fase delicada na política interna. Há pouco mais de duas semanas, o então presidente da Alemanha Christian Wulff renunciou ao cargo, após ser denunciado pelo Ministério Público por corrupção. Quem deve sucedê-lo é Joachin Gauck, candidato da coligação governista.
Na Alemanha, além das reuniões políticas, Dilma participa de vários eventos relacionados à CeBIT, cujo tema central este ano é o Brasil. São mais de 4.200 expositores de 70 países.
A expectativa é que cerca de 350 mil pessoas visitem a feira e que ela abra oportunidades de negócios para empresas produtoras de tecnologias de informação e comunicação. O Brasil é o sexto maior mercado consumidor dessas tecnologias no mundo. A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial do Brasil. O volume de comércio entre os dois países superou US$ 24 bilhões em 2011, o que corresponde a um aumento de 17,6% em relação ao ano anterior.
Os alemães estão entre os principais parceiros do programa Ciência sem Fronteiras, que põe em prática a busca pela convergência das vertentes econômica e científico-tecnológica das relações bilaterais. Até 2014, mais de 10 mil bolsistas brasileiros estudarão em instituições alemãs, segundo os cálculos do governo.