A presidente Dilma Rousseff retorna nesta terça da viagem de três dias a Hannover, na Alemanha. Antes, ela terá mais um encontro com a chanceler Angela Merkel, irá vistoriar o pavilhão do Brasil na Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Software e Serviços (CeBIT) e manterá reunião com o presidente do Brazil Board da Federação Alemã, Stefan Zoller.
A previsão é que Dilma chegue por volta das 23h a Brasília. Nessa segunda, na primeira etapa da visita, Dilma e Merkel divergiram sobre as decisões tomadas para controlar os efeitos da crise econômica internacional. Para a presidenta, a concessão de empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) a juros baixos para os países da região é uma medida protecionista e que não pode ocorrer.
As discussões ocorrem no momento em que o governo da Alemanha tenta aprovar a proposta de contenção de gastos definida na última reunião da União Europeia, na semana passada, e também enfrenta uma fase delicada na política interna. Há pouco mais de duas semanas, o então presidente da Alemanha Christian Wulff renunciou ao cargo, após ser denunciado pelo Ministério Público por corrupção. Quem deve sucedê-lo é Joachin Gauck, candidato da coligação governista.
Na Alemanha, além das reuniões políticas, Dilma participa de vários eventos relacionados à CeBIT, cujo tema central este ano é o Brasil. São mais de 4.200 expositores de 70 países.
A expectativa é que cerca de 350 mil pessoas visitem a feira e que ela abra oportunidades de negócios para empresas produtoras de tecnologias de informação e comunicação. O Brasil é o sexto maior mercado consumidor dessas tecnologias no mundo. A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial do Brasil. O volume de comércio entre os dois países superou US$ 24 bilhões em 2011, o que corresponde a um aumento de 17,6% em relação ao ano anterior.
Os alemães estão entre os principais parceiros do programa Ciência sem Fronteiras, que põe em prática a busca pela convergência das vertentes econômica e científico-tecnológica das relações bilaterais. Até 2014, mais de 10 mil bolsistas brasileiros estudarão em instituições alemãs, segundo os cálculos do governo.