A Controladoria Geral da União (CGU) apontou pagamentos ilegais de R$ 12,2 milhões na obra de um armazém de grãos tocada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Uberlândia, Região do Triângulo, Minas Gerais. Auditoria concluída no fim de 2011 requer a devolução de cerca de metade desse valor aos cofres públicos por conta das irregularidades, praticadas nas gestões dos ex-presidentes da companhia Wagner Rossi, que também foi ministro da Agricultura, e Alexandre Magno Aguiar.
A construção do depósito começou em 1998, mas foram paralisadas em 2000. A CGU detectou falhas em contratos firmados a partir de 2008. Os auditores também apontaram deficiências no controle interno. As mesmas pessoas foram escolhidas para elaborar o edital da concorrência, julgar as empresas participantes, fiscalizar a execução da obra e fazer pagamentos. Milton Libardoni, que ocupa cargo na Superintendência de Armazenagem e Movimentação de Estoques, e Temístocles Barbosa Pinto, da Gerência da Rede de Armazéns Próprios, estão entre os servidores que se revezaram nessas funções.
A Conab informou nesta terça-feira que seus técnicos estão reunidos e vão se pronunciar a respeito até o fim do dia. Ao Globo, a companhia explicou que os servidores envolvidos estão sendo investigados e que uma comissão foi criada para avaliar os apontamentos da CGU e adotar as providências necessárias, entre elas o ressarcimento.