Além dos dois funcionários, a auditoria responsabiliza pelas falhas o ex-diretor de Operações e Abastecimento, Rogério Colombini, que deixou o cargo no ano passado. Conforme a CGU, houve superfaturamento em materiais empregados na obra, além de serviços para pavimentação e irrigação de gramado. Neste último caso, o preço pago foi cinco vezes o praticado no mercado, gerando um prejuízo de R$ 483 mil. Só com materiais e equipamentos, foram gastos R$ 3,7 milhões indevidamente, valor que terá de ser restituído.
A CGU apontou também deficiências no controle interno. Os mesmos funcionários, incluindo Libardoni e Barbosa, se revezavam nas tarefas de preparar o edital de licitação para as obras, julgar as propostas dos concorrentes, acompanhar o contratos e autorizar pagamentos à empreiteira responsável.
A CGU confirmou as conclusões do relatório, mas não o divulgou hoje, sob o argumento que a versão final não está pronta. A exoneração dos servidores deve ser oficializada nos próximos dias. Os dois perdem os cargos de chefia, mas, como são funcionários de carreira, voltam às suas funções antigas. A Conab informou que só vai se pronunciar amanhã. Mas adiantou que uma comissão disciplinar, nomeada para o caso, já chegou às suas conclusões e tomará providências, entre elas o ressarcimento dos valores.