O uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 foi mais uma vez aprovado pelo Congresso nessa terça-feira, apesar de o Palácio do Planalto já ter vetado tal medida no ano passado.
"As obras da Copa têm que ser realizadas e o dinheiro está priorizado. Mas não com dinheiro do FGTS", protestou o presidente do Democratas, senador Agripino Maia (DEM-RN). "Não concordamos com os penduricalhos e jabutis", criticou também a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), ao lembrar que o texto da MP, que agora virou lei, acabou sendo "inflado" com diversos assuntos.
Além de poder destinar parte dos recursos do FGTS para as obras da Copa e dos jogos Olímpicos, o texto aprovado pelos senadores permite também que o dinheiro seja aplicado na exploração de petróleo e gás na área do pré-sal.
No ano passado, os parlamentares já haviam incluído de contrabando, em outra MP, a possibilidade do Fundo de Investimentos do FGTS injetar até R$ 5 bilhões em projetos relacionados aos dois eventos esportivos que acontecerão no País. O dinheiro poderia ser usado até na construção de hotéis.
Agora, parlamentares alegam que não haverá polêmica com o governo porque o mecanismo proposto impede o uso dos recursos em empreendimentos comerciais.