Amorim citou como exemplo a Comissão da Verdade para reafirmar que a legislação deve ser respeitada. “Vejo muita preocupação com a Comissão da Verdade, mas é lei, aprovada com virtual unanimidade no Congresso Nacional. E essa lei vai ser aplicada na sua integralidade, inclusive naquilo que diz respeito à Lei de Anistia. Então, não há por que essa inquietação. O governo respeitará o que foi pactuado”, concluiu o ministro, tentando tranquilizar os militares, lembrando que não haverá punições pelos crimes cometidos durante a ditadura.
No mês passado, militares da reserva publicaram um manifesto em que diziam não reconhecer a legitimidade de Amorim e criticavam a Comissão da Verdade. Fontes do Ministério da Defesa informaram que os militares devem levar uma advertência pelos manifestos divulgados na internet que continham críticas à presidente Dilma Rousseff e integrantes do governo.
Na mesma entrevista, concedida após participar da uma audiência pública no Senado, onde tratou do acidente na base brasileira na Antártida, no final de fevereiro, o ministro da Defesa afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff tem dado demonstrações de que reconhece o profissionalismo da categoria, de acordo com Amorim, recriando condições de trabalho que estavam “precárias”.