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Estado de Minas

Forças Armadas vão aplicar sanções a militares que criticaram Dilma


postado em 07/03/2012 08:00 / atualizado em 07/03/2012 09:13

O ministro da Defesa, Celso Amorim, garantiu nessa terça-feira que os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foram orientados a punir os militares que manifestaram publicamente a insatisfação com o governo e criticaram o debate em torno dos crimes cometidos durante a ditadura (1964 a 1984). Embora tenha elogiado o empenho e profissionalismo dos militares, o ministro aproveitou para reiterar de qual lado está no embate.

“Não estou preocupado com a questão de afronta. O importante é o respeito à autoridade civil, e isso é parte da democracia. Esse assunto já foi objeto de orientação e, neste momento, se encontra na mão dos comandantes das forças. Então, vamos aguardar o retorno”, afirmou.

Amorim citou como exemplo a Comissão da Verdade para reafirmar que a legislação deve ser respeitada. “Vejo muita preocupação com a Comissão da Verdade, mas é lei, aprovada com virtual unanimidade no Congresso Nacional. E essa lei vai ser aplicada na sua integralidade, inclusive naquilo que diz respeito à Lei de Anistia. Então, não há por que essa inquietação. O governo respeitará o que foi pactuado”, concluiu o ministro, tentando tranquilizar os militares, lembrando que não haverá punições pelos crimes cometidos durante a ditadura.

No mês passado, militares da reserva publicaram um manifesto em que diziam não reconhecer a legitimidade de Amorim e criticavam a Comissão da Verdade. Fontes do Ministério da Defesa informaram que os militares devem levar uma advertência pelos manifestos divulgados na internet que continham críticas à presidente Dilma Rousseff e integrantes do governo.

Na mesma entrevista, concedida após participar da uma audiência pública no Senado, onde tratou do acidente na base brasileira na Antártida, no final de fevereiro, o ministro da Defesa afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff tem dado demonstrações de que reconhece o profissionalismo da categoria, de acordo com Amorim, recriando condições de trabalho que estavam “precárias”.


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