Assunção também disse que os parlamentares desejam discutir o conceito de reforma agrária defendido pelo atual governo, que enfatiza a recuperação e o apoio técnico aos assentamentos existentes - para que se tornem mais produtivos e possibilitem a geração de renda para as famílias assentadas. “Só existe reforma agrária se houver redistribuição de terra. Essa é a principal demanda. As outras questões devem ser resolvidas por meios das políticas sociais que já são desenvolvidas pelo governo federal, como o programa Minha Casa Minha Vida”, disse Assunção.
Resultados
O parlamentar explicou que os integrantes do núcleo preferiram discutir o tema na Casa Civil, em vez de irem ao Ministério do Desenvolvimento Agrário ou ao Incra, por acreditarem que isso dará mais resultados. “Achamos melhor conversar diretamente com a ministra que coordena os programas de governo”, afirmou.
Além dos números, que indicam queda no volume de assentamentos, os parlamentares petistas mais simpáticos à causa dos sem-terra e da agricultura familiar, não gostaram das explicações do presidente do Incra, Celso Lisboa Lacerda, “Ele disse que um dos fatores que explicam esse resultado é a queda na demanda por lotes de terra. Mas não é isso que está ocorrendo. Só na Bahia existem mais de 25 mil famílias acampadas, debaixo da lona preta à espera de assentamento”, afirmou.
Na avaliação do deputado baiano, o que diminuiu foi a capacidade do Incra para assentar.