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Estado de Minas

Senado veta Bernardo Figueiredo na diretoria da ANTT


postado em 07/03/2012 19:40 / atualizado em 07/03/2012 20:56

Bernardo Figueiredo foi vetado para ocupar por mais quatro anos a diretoria-geral da ANTT (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Bernardo Figueiredo foi vetado para ocupar por mais quatro anos a diretoria-geral da ANTT (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Brasília – O Senado rejeitou nesta quarta-feira a recondução de Bernardo Figueiredo à diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Após longa discussão na qual diversos senadores acusaram Figueiredo de estar sob suspeição por causa de irregularidades apontadas na agência pelo Tribunal de Contas da União, a votação terminou com 36 votos contra a recondução, 31 a favor e 1 abstenção.

O principal opositor de Figueiredo foi o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que falou diversas vezes sobre os processos aos quais ele responde. Requião acusou o ex-diretor da ANTT de ocupar o cargo para defender interesses das empresas para as quais trabalhou antes. “O sr. Bernardo Figueiredo é um tecnocrata híbrido, defendendo o interesse do setor privado na associação nacional, assinando a concessão e modelando a privatização. Por muito menos este plenário já rejeitou indicações de administradores públicos”, disse o senador paranaense.

Apesar de Requião ter sido apoiado por diversos senadores de oposição, a principal justificativa dos governistas para a derrota é a insatisfação da base aliada do governo. Após a votação, o petista Lindbergh Farias (RJ) disse que a votação teve a ver “com tudo, menos com a ANTT”. “O governo foi derrotado pela base aliada”, disse o senador. Na opinião dele, os aliados mandaram “vários recados” para a presidenta Dilma Rousseff e os integrantes do governo.

Por se tratar de votação secreta, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu que a margem para dissidências na base de apoio ao governo era maior. Apesar disso, Jucá disse que não poderia ter evitado a votação por causa das acusações contra Figueiredo, que surgiram durante o debate. “Depois de todo esse alarde, se não colocássemos para votar, seria a aceitação de que ele não tinha condições de ser reconduzido”, justificou Jucá.

Ele também reconheceu que muitos senadores dos partidos que dão apoio à presidenta Dilma estão insatisfeitos com a maneira como vem sendo tratados pelo governo. Segundo ele, os aliados reclamam que não são recebidos pelos ministros e não têm suas demandas analisadas pelo governo.

Apesar disso, Jucá não disse que o problema maior está no PMDB. Ontem (6), diversos parlamentares do partido entregaram ao vice-presidente Michel Temer manifestou no qual pedem mais espaço no governo. Mesmo assim, Jucá evitou relacionar a derrota de hoje aos colegas de legenda. “Não tem um problema específico com o PMDB, é uma coisa diluída por todos os partidos da base aliada”, disse o líder governista.

Procurado pela Agência Brasil, Bernardo Figueiredo não contestou a decisão do Senado. “Não tenho nada a dizer sobre isso. A decisão é do Senado. Não tenho nenhum sentimento com relação a isso”, disse o ex-diretor da ANTT.

Sua recondução ao cargo já havia sido aprovado pela Comissão de Infraestrutura do Senado. Agora, o governo terá que indicar outro nome, que precisará passar por nova sabatina e aprovação na comissão, antes de ter o nome analisado pelo plenário da Casa.


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