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Estado de Minas

Ministério aceita desculpas de Valke mas exige que episódio não se repita

As declarações do secretário-geral da Fifa, de que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" causaram reação do ministro e do governo


postado em 08/03/2012 18:14 / atualizado em 08/03/2012 18:23

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, respondeu aos pedidos de desculpas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) após o episódio em que o secretário-geral da entidade disse que o Brasil precisava de “um chute no traseiro” devido aos atrasos nas obras. Na carta enviada nesta quinta-feira ao presidente da federação, Joseph Blatter, o ministro afirmou que aceita o pedido de desculpas, mas ressalta que “episódios como esse não podem se repetir”.

Na carta, Rebelo confirma a disposição da presidente Dilma de receber Blatter, mas não revelou a data. Segundo ele, a audiência deve ser agendada pelo cerimonial da presidência. O ministro do Esporte também enviou carta diretamente ao secretário-geral, Jérôme Valcke. Sucinto, Rebelo disse apenas que “em nome do governo” as desculpas foram aceitas.

Na terça-feira, o presidente da Fifa enviou carta ao ministro do Esporte pedindo desculpas pelo secretário da entidade. No documento, Baltter se disse bastante preocupado com a “deterioração da relação entre a Fifa e o governo brasileiro” e aproveitou para pedir uma reunião com a presidente Dilma. Um dia antes, o próprio secretário-geral, Jérôme Valcke, enviou um pedido formal de desculpas ao ministro. Ele disse que lamenta “profundamente” a interpretação incorreta de suas declarações. Segundo o secretário-geral da Fifa, em francês, a expressão "um chute no traseiro" significa “apenas acelerar o ritmo”

Entenda


O estranhamento entre governo e Fifa começaram na sexta-feira quando Valcke disse que o Brasil precisava de “um chute no traseiro” por causa de atrasos nas obras da Copa de 2014. A fala causou a reação de líderes do governo e do ministro, que enviou uma carta a Blatter nessa segunda-feira, pedindo o afastamento do secretário-geral das negociações com o Brasil.

O presidente da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, deputado Renan Filho (PMDB-AL), classificou como “inadmissível” a declaração. Em nota, Renan Filho chamou ainda de "insultuosa, descuidada e inapropriada" a manifestação de Valcke. O presidente do Senado e do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP), também desqualificou as críticas e disse que a fala de Jérôme é uma “intromissão grosseira”


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