Depois de enfrentar uma rebelião na base no Senado, que levou à sua primeira derrota no Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu comunicar às centrais sindicais que irá recebê-las em reunião no Palácio do Planalto, no dia 14 de março. Esta será a terceira reunião de Dilma com as centrais, desde que assumiu o governo. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henriques, disse à reportagem que os sindicalistas aproveitarão para se queixar que, "neste primeiro ano de governo a agenda do setor empresarial andou mais rapidamente do que a agenda dos trabalhadores".
Uma pauta conjunta será apresentada pelas centrais à presidente Dilma. Ela começa com uma discussão dos problemas macroeconômicos, como redução de juros, problemas com o câmbio por causa da enxurrada de dólares e euros que está entrando no país e os reflexos disto na indústria brasileira. O segundo ponto será a discussão sobre o fim do fator previdenciário e a introdução de uma política de valorização dos aposentados, que ganham acima de um salário mínimo.
Na reunião, os sindicalistas querem discutir também a regulamentação das relações de trabalho no setor público, com a introdução de uma negociação coletiva para o setor. Esta discussão passa pelo debate do direito de greve em atividades essenciais. O quarto e último principal ponto da conversa deverá ser em torno da terceirização de trabalhadores no setor público, uma preocupação dos sindicalistas, que querem uma regulamentação desta modalidade de trabalho.