“Nós temos questões a enfrentar. Na área de telecomunicações, por exemplo, nós vimos aqui no Rio de Janeiro, durante o carnaval. Tem determinados momentos em que o sistema praticamente entra em colapso. Temos a responsabilidade de melhorar e adequar o nosso sistema à exigência e ao padrão desses grandes eventos. Na área de segurança, providências estão sendo tomadas. Na área de saúde, também”, disse.
De acordo com o ministro, os aeroportos também apresentam problemas. No entanto, segundo ele, são questões relativamente fáceis de solucionar, que não necessitam de grandes investimentos.
“O Brasil não tem problema na capacidade de pousar ou decolar um avião. O problema é nos serviços que se oferecem nos aeroportos. Quanto tempo um turista que vem do exterior leva para pegar sua bagagem? É um tempo exagerado e sem necessidade. Não precisa de infraestrutura nenhuma. Precisa de mais gente da Polícia e da Receita Federal para cumprir sua tarefa. Também é preciso que a companhia aérea tenha uma alternativa para prestar um serviço em casos de pane de sistemas. Toda empresa tem que estar prevenida para essa hipótese, para evitar filas”, disse.
Em coletiva à imprensa, o ministro evitou comentar o afastamento de Ricardo Teixeira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele disse que, se Teixeira deixar também a direção do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, o governo está preparado para cooperar com seu sucessor.
Aldo Rebelo também foi perguntado por jornalistas se o governo brasileiro manteria a decisão de não aceitar, como interlocutor, o secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, mesmo tendo aceitado o pedido de desculpas da Fifa.
O ministro não deixou claro se o governo aceitaria voltar a negociar com Valcke. Na sexta-feira, o secretário-geral disse, usando uma expressão em francês, que as autoridades brasileiras precisavam de "um chute no traseiro", no entendimento do governo, ou de um "empurrão", de acordo com tradução do próprio Valcke, em relação aos preparativos para o Mundial.
Aldo Rebelo disse que o governo brasileiro está aberto a receber críticas, mas que é inaceitável que essas críticas sejam feitas com “determinado tipo de linguagem”.
Segundo o ministro, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, vai visitar o Brasil nos próximos dias e o dirigente já pediu uma audiência com a presidenta da República, Dilma Rousseff. Aldo Rebelo não disse, entretanto, se a permanência de Valcke como interlocutor da Fifa com o governo brasileiro será discutida. “Vamos recebê-lo para tratar de assuntos comuns, relativos à Copa do Mundo”, disse.
De acordo com o governo do Rio de Janeiro, o Maracanã, visitado hoje por Aldo Rebelo, está com 39% de suas obras concluídas e deve ser entregue em fevereiro de 2013. O ministro elogiou o ritmo das obras e disse que o estádio fluminense é o que está em estágio mais avançado entre as 12 arenas.