O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, minimizou nesta sexta-feira o clima beligerante que levou o Senado a rejeitar a indicação da presidente Dilma Rousseff para a direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Apesar das declarações do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), de que é tensa a relação entre o governo e a base aliada, Lobão classificou como um episódio normal a qualquer governo a derrota do Executivo.
Mas afirmou que a base continua "solidária" com o Executivo porque "entende que o governo dirige o País com competência e honestidade" e acredita que própria presidente tem jogo de cintura para apaziguar aliados rebelados. "O que houve foi um episódio que não significa uma crise que esteja acontecendo na vida pública brasileira. Episódios como esses ocorrem em todos os governos. A presidente Dilma é política. Sabe como lidar com sua base parlamentar", disse, após encontro com empresários em Belo Horizonte.
O ministro também negou que eventuais atritos sejam motivados pela falta de liberação de recursos pelo Executivo, pois, segundo ele, essa é uma questão recorrente. "Estou na vida pública há mais de 30 anos e todos os anos é a mesma coisa: reclamações sobre emendas parlamentares. E não vai ser diferente nos anos seguintes. (Mas) não acredito que a fidelidade da base parlamentar seja medida por conta de liberação de verbas orçamentárias", concluiu.