O grupo do PT que defende a aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) nas próximas eleições, em detrimento de uma candidatura própria, deu ontem demonstração de força ao reunir em Belo Horizonte caciques petistas que reafirmaram o apoio ao socialista. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto, afinaram o discurso e classificaram a dobradinha como um “sucesso” na gestão de Belo Horizonte. Lacerda também participou do encontro petista, que deveria ser apenas o balanço do mandato do deputado federal Reginaldo Lopes, presidente do PT estadual e um dos principais defensores da aliança com o PSB. O prefeito, sem modéstia, disse ter certeza de que receberia o apoio petista, apesar da resistências de parte de seus integrantes.
Marco Maia lembrou que a manutenção de alianças é estratégia do governo Dilma Rousseff para a ampliação de sua base aliada. No entanto, fez questão de ressaltar que o PT não pretende fazer parcerias com o PSDB, principal partido de oposição do governo, admitindo, em seguida, que pode “haver excepcionalidades” neste processo. Lacerda se elegeu com o apoio petista e também do senador Aécio Neves (PSDB), que emprestou seu prestígio ao candidato. “É uma vontade do partido fazer alianças no maior número de municípios do Brasil, mas o PT vai respeitar a decisão caso não prevaleça isso na capital mineira”, afirmou. Marco Maia disse ainda que não vê desgate na queda de braço travada pelos integrantes do partido: “O PT respeita e estimula as discussões e ainda acata a decisão da base partidária.”
Amplo Mais pragmático, o ministro Fernando Pimentel foi curto ao comentar o apoio a Lacerda: “É um trabalho que está dando certo. A cidade colhe frutos da continuidade de boas políticas, de práticas administrativas que tiveram início com o prefeito Patrus Ananias (PT), Célio de Castro, comigo e agora com Lacerda”. Na mesma linha de Maia, o ministro reafirmou a importância de alianças, que ele mesmo costurou em Belo Horizonte, e mostrou não ter preconceito. “Vale se unir ao PSDB, porque aliança quando mais ampla melhor”. Pimentel mediu as palavras apenas para falar de uma possível candidatura sua para o governo de Minas em 2014. “Meu nome é sempre colocado nas lista de possíveis candidatos. Isso significa que pelo menos parte da população mineira quer que isso ocorra. No momento sou ministro, trabalho pelo governo federal e Minas Gerais e ajudo meus companheiros nas eleições municipais. Está cedo para falar em sucessão para o governo do estado.”
Para o prefeito Marcio Lacerda, as desavenças entre o PT e o PSDB para a renovação da aliança já foram superadas. “Os problemas foram vencidos em nome de um projeto de cidade, não um projeto pessoal. É continuidade de algo que está dando certo”, afirmou. Lacerda confirmou que o PT vai indicar o candidato a vice-prefeito em sua chapa e traçou o melhor perfil: “Um vice que seja agregador, que respeite o outro partido, será o melhor dos mundos”. O vice-prefeito Roberto Carvalho (PT), rompido com Lacerda, é um dos principais articuladores da candidatura própria. Ele considerou ainda natural o convite para participação em um encontro petista: “Sempre estaria presente quando convidado.”
Elogios ao demitido
Num procedimento pouco usual, a presidente Dilma Rousseff divulgou nota na tarde de ontem em que faz elogios à gestão de Afonso Florence no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O texto é uma reação às notícias de que a queda do petista aconteceu por conta da atuação fraca e insatisfatória de Florence no comando do ministério. "A presidenta da República, Dilma Rousseff, reiterou hoje os agradecimentos ao ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado Afonso Florence, por sua importante colaboração à frente da pasta. A presidenta lamenta interpretações em contrário e considera que Florence prestou grandes serviços ao processo de inclusão social no campo”, diz a nota. Demitido da noite para o dia, Florence foi pego de surpresa pela decisão de Dilma.
Marco Maia lembrou que a manutenção de alianças é estratégia do governo Dilma Rousseff para a ampliação de sua base aliada. No entanto, fez questão de ressaltar que o PT não pretende fazer parcerias com o PSDB, principal partido de oposição do governo, admitindo, em seguida, que pode “haver excepcionalidades” neste processo. Lacerda se elegeu com o apoio petista e também do senador Aécio Neves (PSDB), que emprestou seu prestígio ao candidato. “É uma vontade do partido fazer alianças no maior número de municípios do Brasil, mas o PT vai respeitar a decisão caso não prevaleça isso na capital mineira”, afirmou. Marco Maia disse ainda que não vê desgate na queda de braço travada pelos integrantes do partido: “O PT respeita e estimula as discussões e ainda acata a decisão da base partidária.”
Amplo Mais pragmático, o ministro Fernando Pimentel foi curto ao comentar o apoio a Lacerda: “É um trabalho que está dando certo. A cidade colhe frutos da continuidade de boas políticas, de práticas administrativas que tiveram início com o prefeito Patrus Ananias (PT), Célio de Castro, comigo e agora com Lacerda”. Na mesma linha de Maia, o ministro reafirmou a importância de alianças, que ele mesmo costurou em Belo Horizonte, e mostrou não ter preconceito. “Vale se unir ao PSDB, porque aliança quando mais ampla melhor”. Pimentel mediu as palavras apenas para falar de uma possível candidatura sua para o governo de Minas em 2014. “Meu nome é sempre colocado nas lista de possíveis candidatos. Isso significa que pelo menos parte da população mineira quer que isso ocorra. No momento sou ministro, trabalho pelo governo federal e Minas Gerais e ajudo meus companheiros nas eleições municipais. Está cedo para falar em sucessão para o governo do estado.”
Para o prefeito Marcio Lacerda, as desavenças entre o PT e o PSDB para a renovação da aliança já foram superadas. “Os problemas foram vencidos em nome de um projeto de cidade, não um projeto pessoal. É continuidade de algo que está dando certo”, afirmou. Lacerda confirmou que o PT vai indicar o candidato a vice-prefeito em sua chapa e traçou o melhor perfil: “Um vice que seja agregador, que respeite o outro partido, será o melhor dos mundos”. O vice-prefeito Roberto Carvalho (PT), rompido com Lacerda, é um dos principais articuladores da candidatura própria. Ele considerou ainda natural o convite para participação em um encontro petista: “Sempre estaria presente quando convidado.”
Elogios ao demitido
Num procedimento pouco usual, a presidente Dilma Rousseff divulgou nota na tarde de ontem em que faz elogios à gestão de Afonso Florence no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O texto é uma reação às notícias de que a queda do petista aconteceu por conta da atuação fraca e insatisfatória de Florence no comando do ministério. "A presidenta da República, Dilma Rousseff, reiterou hoje os agradecimentos ao ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado Afonso Florence, por sua importante colaboração à frente da pasta. A presidenta lamenta interpretações em contrário e considera que Florence prestou grandes serviços ao processo de inclusão social no campo”, diz a nota. Demitido da noite para o dia, Florence foi pego de surpresa pela decisão de Dilma.