O petista se referiu a Marco Maia, que afirmou “quanto mais alianças se fazem, melhor para a consolidação do projeto nacional” do PT. Sobre o comentário de Pimentel, de que o trabalho de Marcio Lacerda ao lado do PT e do PSDB “está dando certo”, Roberto Carvalho foi incisivo. “Está provado que a saúde, a cultura e o Orçamento participativo foram absolutamente esvaziados. O que tenho ouvido nas ruas é que as pessoas não concordam mais com a aliança com o PSDB”, argumentou o vice-prefeito, que está rompido publicamente com Marcio Lacerda.
O vice-prefeito lembrou ainda, para quem defende a união com os tucanos, que a Executiva Nacional do PT, em congresso realizado no ano passado, vetou a coligação de petistas com PSDB, DEM e PPS, partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). De qualquer forma, a decisão sobre o posicionamento do PT nestas eleições começa a ser tomado no próximo dia 18.
Um colégio eleitoral de 6,5 mil filiados da legenda na capital mineira vai escolher qual grupo vai decidir, no dia 25, entre três opções: candidatura própria à prefeitura, aliança com o PSB de Marcio Lacerda, mas sem a participação do PSDB, ou repetição da dobradinha firmada nas eleições de 2008. A tese vencedora será acatada pela direção municipal do PT, que tem o vice-prefeito Roberto Carvalho como presidente. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, já deixou claro que a decisão tomada pela base será respeitada e que não haverá intervenção do diretório nacional caso a escolha seja pela candidatura própria.