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Estado de Minas

Roberto Carvalho reclama da intromissão de Marco Maia na disputa interna do PT

Vice-prefeito reafirma que são os filiados da capital quem decidirão a posição do partido nas eleições


postado em 12/03/2012 07:25 / atualizado em 12/03/2012 07:56

Petistas vice-prefeito Roberto Carvalho e deputado federal Marco Maia(foto: Cristina Horta/EM 10/11/2011 )
Petistas vice-prefeito Roberto Carvalho e deputado federal Marco Maia (foto: Cristina Horta/EM 10/11/2011 )
Principal defensor da tese de candidatura própria do PT à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de outubro, o vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) mandou ontem um recado claro aos caciques do seu partido que, em reunião da legenda no sábado, defenderam a reedição da aliança que elegeu Márcio Lacerda (PSB) em 2008: quem vai decidir o posicionamento do PT são os filiados da capital. No domingo que vem, serão escolhidos os 500 delegados – dispostos em 15 chapas – que no dia 25 determinarão o destino petista nestas eleições.

Roberto Carvalho reclamou ainda que “nunca deu palpite nas eleições em cidade nenhuma”, ao comentar as declarações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (RS), pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes. “Não concordo que seja melhor fazer uma aliança ampla. Para uma aliança, é preciso ter princípio e afinidades programáticas. Nas eleições de 2008, defendi a aliança com o PSDB porque achei que teríamos resultados satisfatórios, o que não ocorreu”, afirmou Carvalho.

O petista se referiu a Marco Maia, que afirmou “quanto mais alianças se fazem, melhor para a consolidação do projeto nacional” do PT. Sobre o comentário de Pimentel, de que o trabalho de Marcio Lacerda ao lado do PT e do     PSDB “está dando certo”, Roberto Carvalho foi incisivo. “Está provado que a saúde, a cultura e o Orçamento participativo foram absolutamente esvaziados. O que tenho ouvido nas ruas é que as pessoas não concordam mais com a aliança com o PSDB”, argumentou o vice-prefeito, que está rompido publicamente com Marcio Lacerda.

O vice-prefeito lembrou ainda, para quem defende a união com os tucanos, que a Executiva Nacional do PT, em congresso realizado no ano passado, vetou a coligação de petistas com PSDB, DEM e PPS, partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). De qualquer forma, a decisão sobre o posicionamento do PT nestas eleições começa a ser tomado no próximo dia 18.

Um colégio eleitoral de 6,5 mil filiados da legenda na capital mineira vai escolher qual grupo vai decidir, no dia 25, entre três opções: candidatura própria à prefeitura, aliança com o PSB de Marcio Lacerda, mas sem a participação do PSDB, ou repetição da dobradinha firmada nas eleições de 2008. A tese vencedora será acatada pela direção municipal do PT, que tem o vice-prefeito Roberto Carvalho como presidente. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, já deixou claro que a decisão tomada pela base será respeitada e que não haverá intervenção do diretório nacional caso a escolha seja pela candidatura própria.


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