Jornal Estado de Minas

No Senado, Dilma defende igualdade de gêneros e tenta apaziguar base aliada

Desde a recusa do Congresso de empossar indicado de Dilma na ANTT, na semana passada, PT e PMDB protagonizaram mal-estar

AgĂȘncia Estado

Dilma durante entrega de prêmio pelo Dia da Mulher no Senado - Foto: Roberto Stuckert Filho/PRA presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira da solenidade em homenagem às mulheres que foram agraciadas com o diploma "Mulher Cidadã Bertha Lutz". A presidente defendeu a busca da igualdade social e de oportunidades. Ao relacionar cada uma das mulheres que ocupam seu governo, Dilma lembrou que o Brasil foi o primeiro país em que uma mulher abriu a Conferência da ONU.

"Acredito que o século XXI é o século das mulheres", disse. No início de seu discurso no plenário do Senado, em sessão conjunta da Câmara e Senado, Dilma falou das mulheres premiadas, "que são mulheres de luta, de reflexão, que exercitaram suas atividades em prol do Brasil e que tiveram coragem de fugir do conformismo, defenderam igualdade de gênero e oportunidades". Saudou especificamente a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e a ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci. Contrariando as expectativas, Dilma fez um discurso leve, ressaltando apenas os feitos do governo para diminuir as desigualdades no País, principalmente com relação às mulheres.

Nos bastidores, políticos apostavam em um discurso mais político, na tentativa de apaziguar as relações com os aliados, que estão insatisfeitos com o tratamento preferencial dado ao PT. Semana passada, a própria base aliada votou contra a recondução de Bernardo Figueiredo para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Após a cerimônia, a presidente pediu um encontro privado na Presidência do Senado para conhecer a família de Maria Prestes, que também foi homenageada.