Em seu discurso, Neusinha Santos disse que o presidente do PSDB deveria cuidar do partido que ele representa. “Ele deveria cuidar é da casa dele”. A petista ainda pediu para o líder tucano “parar de dar palpite no PT”. Indignada, a parlamentar afirmou que o PT não é partido de “cacique” e que Pestana não tem como “adivinhar” o que vai ocorrer nas eleições internas dos petistas, já que nem ela nem os companheiros da legenda se ariscam a dar um palpite. Para ela, a fala do adversário só se explica se ele tiver poderes de advinhação. “A menos que o Pestana tenha um curso de tarô, de guru, tenha lido as cartas”, alfinetou. E arrematou. “Com o PSDB, nós não fazemos aliança”.
Os discurso da colega da Casa provocou a reação do vereador Henrique Braga (PSDB), que insinuou que o apoio a Lacerda na capital teria sido definido em Brasília. “O PT está esperneando porque terá que engolir o PSDB na aliança”, retrucou. Segundo Braga, o fato de o presidente estadual do seu partido ter dado a declaração, é porque pessoas de dentro do Partido dos Trabalhadores estariam repassando informações confidenciais aos adversários. O tucano ainda profetizou, dizendo que a candidatura própria dos petistas não seria uma boa alternativa. “Se o PT quiser ser varrido politicamente, escolha ter candidatura própria”, disparou.
Nessa terça-feira, o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, disse que é favorável ao apoio à reeleição de Marcio Lacerda, mas se mostrou desconfortável com a presença do PSDB na coligação. "Queremos deixar claro que o nosso apoio é ao Marcio Lacerda e ao PSB, partido com o qual o PT tem aliança estratégica nacional. Temos muitas diferenças com o PSDB e queremos explicitá-las"
Segundo Reginaldo Lopes, se houver aliança, será em torno de Lacerda, do PSB e de seu governo. "Nesse sentido, ela é mais natural do que a aliança de 2008, que aconteceu em torno de Fernando Pimentel (PT) e Aécio Neves (PSDB). Agora o debate é outro", argumenta Reginaldo Lopes.