“Eu tenho alertado os organismos internacionais de que esta parceria é essencial, já que há no Brasil uma omissão muito grande do governo federal na área da segurança pública, seja a partir do Fundo Nacional de Segurança ou do Fundo Penitenciário. Por isso se faz extremamente relevante que possamos ter, a complementar os recursos do orçamento estadual, recursos de organismos internacionais”.
O parlamentar, que desde 2004, quando era governador de Minas Gerais, mantinha projetos de parceria com o BID, foi à capital norte-americana a pedido do seu sucessor Antonio Anastasia (PSDB) e destacou a importância de novos investimentos nas ações preventivas contra a violência. “Teremos um incremento no Fica Vivo, levando-o a outras regiões de Minas, já que os resultados são extremamente positivos. Também investiremos na capacitação dos servidores do nosso sistema prisional, na criação de novos centros integrados para adolescentes, os CIAS, que têm uma demanda muito grande. Além da construção de centros socioeducativos no estado. Um conjunto de ações e políticas para a cidadania, mas, sobretudo, no campo preventivo", explicou.
Para a confirmação dos investimentos, será preciso a autorização do governo federal. “Já estamos com negociações avançadas e a liberação poderá ocorrer entre dezembro deste ano e janeiro do ano que vem. E é sempre bom ouvir, como ouvi hoje dos principais dirigentes da instituição, que Minas é o estado que melhor aplica os recursos do banco”, afirmou. Participaram do encontro, entre outros, o diretor-executivo do BID para o Brasil, Sérgio Portugal e o coordenador para o Cone Sul, José Seligman.
Memória
Empréstimo ara rodovias
Em 2004, o governo de Minas firmou a primeira parceria com o BID para o financiamento de obras de revitalização em rodovias estaduais. No primeiro ano do acordo, o Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios (ProAcesso) recebeu investimentos de R$ 57,8 milhões, destinados à recuperação e pavimentação de 96 quilômetros considerados em situação ruim. Até o final do ano passado, a parceria, que contou com apoio do BNDES e do Tesouro Nacional, gastou R$ 3,5 bilhões para obras em quase 5 mil quilômetros de rodovias.