Foi proposto, então, que Alckmin fosse no dia seguinte ao encontro com os filiados do Butantã, diretório ao qual é ligado. No local, deveria fazer uma declaração de apoio a Serra. Emissários conversaram com Alckmin sobre a proposta, que descartou participar de qualquer evento em favor de um único candidato. Alckmin conversou nesta semana com Serra sobre o assunto.
Antes de tomar a decisão o governador consultou aliados sobre a entrada mais incisiva na campanha de Serra, mas foi aconselhado a não se manifestar. Primeiro, porque não haveria necessidade de declarar seu voto, já que a campanha de Serra estaria caminhando bem. Depois, porque seria um ato excessivo e deslegitimaria o processo de fortalecimento da democracia partidária, que Alckmin defende.
A avaliação é que uma declaração do governador em favor de um candidato numa disputa que deve ter menos de 6 mil votos seria “gastar um torpedo” para um alvo relativamente pequeno. Poderia ser interpretada ainda como demonstração de fraqueza da pré-candidatura de Serra.
Nos bastidores, Alckmin trabalha para Serra. Seus secretários estão fazendo a campanha do ex-governador. O tucano marcou uma reunião com o DEM no Palácio dos Bandeirantes nesta semana para tratar da eleição e convidou Serra, deixando evidente sua predileção. Parte dos integrantes da coordenação de campanha acredita que essas manifestações já são suficientes para indicar aos militantes que Serra é o candidato de Alckmin.
Regiões
Os serristas estão preocupados com as regiões sul e sudoeste da capital. O grupo avalia que a campanha de Aníbal está fortalecida nesses locais. Chegaram a identificar tucanos ligados ao presidente municipal do partido, o secretário Julio Semeghini (Planejamento), atuando pelo secretário de Energia.