Os caciques do PMDB, entre eles o vice-presidente da República, Michel Temer, desembarcam em Belo Horizonte hoje para a filiação do senador Clésio Andrade, ex-PR. Presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio, de 59 anos, afirma que apesar da crise instalada no governo da presidente Dilma Rousseff por uma ala da legenda insatisfeita com o Planalto, o PMDB saberá somar, na hora certa. Ele garante que a saída do PR ocorreu por constrangimento, depois de a legenda ter rachado nas eleições para o governo de Minas em 2010. O grupo do senador apoiou o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB), enquanto outra parte aderiu à candidatura de Antonio Augusto Anastasia (PSDB), que acabou eleito.
O senhor se filia ao PMDB em um momento em que lideranças do partido se rebelam contra o governo de Dilma Rousseff. O senhor vai ficar no grupo que segue com a presidente ou na banda dissidente?
Do lado do PMDB todo. Acho que o PMDB é um partido extremamente democrático e por isso mesmo estamos entrando nele. É um partido corajoso, que tem ideias diferentes, mas que na hora principal soma. Além de ser uma legenda que participou das grandes decisões no Brasil.
O quê proporcionou esse embate com o governo?
Não vejo o PMDB em atrito com o governo. O partido foi fundamental nas transformações que o país vive. Tanto com o presidente Lula quanto com a presidente Dilma. Vejo isso de forma natural. Você tem três poderes principais: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada poder exerce a sua força de forma que crie uma harmonia. É natural que em algum momento possa parecer divergência, mas são discussões, ideias que vão se ajustando a favor do Brasil.
O senhor deixa um partido de menor porte para ingressar noutro que é um dos maiores do país. Só muda a legenda ou é preciso alguma adaptação?
Tenho uma grande alegria em entrar para o PMDB. Primeiro porque tenho grandes amigos no partido. Tenho uma relação extraordinária com o presidente (do Senado) José Sarney, com (os senadores) Renan Calheiros, Valdir Raupp, Eduardo Braga e Romero Jucá. É o partido que tem mais condições de trazer resultados para Minas, como solucionar a situação extremamente crítica de cinco das rodovias federais que passam pelo estado.
O ex-governador e agora seu colega de bancada Aécio Neves (PSDB) passou os cerca de sete anos em que esteve no Palácio da Liberdade afirmando que o estado tinha contas saneadas, e agora também adotou o discurso pela renegociação da dívida. O que mudou de lá para cá?
Temos que separar o governo Aécio do governo Anastasia. O governo Aécio cumpriu o seu papel: fez as grandes mudanças internas do estado, melhorou a gestão e restabeleceu algumas condições. O estado estava praticamente falido. Não aguentava honrar nem a folha de pagamento. O Aécio restabeleceu a capacidade de pagamento. Passou para o seu sucessor e nessa hora o que acontece? Algumas situações graves a gente sabe que o estado não está conseguindo resolver, como a questão dos professores. Tem que pagar o piso. Não importa que o estado não tenha condições. Busque os recursos em outros lugares. Agora, estamos embuídos em ajudar o estado na renegociação da dívida para facilitar essa capacidade (de pagamento). Naquele momento o Aécio fez o que tinha que fazer. E neste momento o Anastasia tem que fazer o que tem que fazer. Acho que nós todos estamos dispostos a ajudar.
Pela legislação eleitoral a saída de um partido, para não provocar a perda do mandato, pode ocorrer de duas maneiras: migração a uma legenda recém-criada ou sob a alegação de perseguição política. Nenhum dos dois é o seu caso. Como o senhor negociou a saída do PR?
Minha saída do PR foi uma espécie de constrangimento, previsto na legislação. A partir do momento que alguns deputados tiveram uma posição em relação às eleições para o governo de Minas,e eu e outros deputados tivemos outra posição, já houve divergência. Como eram maioria, o meu grupo ficou constrangido de continuar. O mais importante é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) me permitiu, autorizou e já transitou em julgado a decisão permitindo a minha saída do PR.
Existe uma articulação para atuação dos três senadores de Minas Gerais ou cada um tem estilo próprio de movimentação?
São três senadores, os outros dois muito preparados. Cada um tem sua posição. Agora, quando o interesse é de Minas, junta todo mundo. Estamos eu, Zezé Perrela (PDT) e Aécio trabalhando pela elevação dos royalties do minério.
O senhor se filia ao PMDB em um momento em que lideranças do partido se rebelam contra o governo de Dilma Rousseff. O senhor vai ficar no grupo que segue com a presidente ou na banda dissidente?
Do lado do PMDB todo. Acho que o PMDB é um partido extremamente democrático e por isso mesmo estamos entrando nele. É um partido corajoso, que tem ideias diferentes, mas que na hora principal soma. Além de ser uma legenda que participou das grandes decisões no Brasil.
O quê proporcionou esse embate com o governo?
Não vejo o PMDB em atrito com o governo. O partido foi fundamental nas transformações que o país vive. Tanto com o presidente Lula quanto com a presidente Dilma. Vejo isso de forma natural. Você tem três poderes principais: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada poder exerce a sua força de forma que crie uma harmonia. É natural que em algum momento possa parecer divergência, mas são discussões, ideias que vão se ajustando a favor do Brasil.
O senhor deixa um partido de menor porte para ingressar noutro que é um dos maiores do país. Só muda a legenda ou é preciso alguma adaptação?
Tenho uma grande alegria em entrar para o PMDB. Primeiro porque tenho grandes amigos no partido. Tenho uma relação extraordinária com o presidente (do Senado) José Sarney, com (os senadores) Renan Calheiros, Valdir Raupp, Eduardo Braga e Romero Jucá. É o partido que tem mais condições de trazer resultados para Minas, como solucionar a situação extremamente crítica de cinco das rodovias federais que passam pelo estado.
O ex-governador e agora seu colega de bancada Aécio Neves (PSDB) passou os cerca de sete anos em que esteve no Palácio da Liberdade afirmando que o estado tinha contas saneadas, e agora também adotou o discurso pela renegociação da dívida. O que mudou de lá para cá?
Temos que separar o governo Aécio do governo Anastasia. O governo Aécio cumpriu o seu papel: fez as grandes mudanças internas do estado, melhorou a gestão e restabeleceu algumas condições. O estado estava praticamente falido. Não aguentava honrar nem a folha de pagamento. O Aécio restabeleceu a capacidade de pagamento. Passou para o seu sucessor e nessa hora o que acontece? Algumas situações graves a gente sabe que o estado não está conseguindo resolver, como a questão dos professores. Tem que pagar o piso. Não importa que o estado não tenha condições. Busque os recursos em outros lugares. Agora, estamos embuídos em ajudar o estado na renegociação da dívida para facilitar essa capacidade (de pagamento). Naquele momento o Aécio fez o que tinha que fazer. E neste momento o Anastasia tem que fazer o que tem que fazer. Acho que nós todos estamos dispostos a ajudar.
Pela legislação eleitoral a saída de um partido, para não provocar a perda do mandato, pode ocorrer de duas maneiras: migração a uma legenda recém-criada ou sob a alegação de perseguição política. Nenhum dos dois é o seu caso. Como o senhor negociou a saída do PR?
Minha saída do PR foi uma espécie de constrangimento, previsto na legislação. A partir do momento que alguns deputados tiveram uma posição em relação às eleições para o governo de Minas,e eu e outros deputados tivemos outra posição, já houve divergência. Como eram maioria, o meu grupo ficou constrangido de continuar. O mais importante é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) me permitiu, autorizou e já transitou em julgado a decisão permitindo a minha saída do PR.
Existe uma articulação para atuação dos três senadores de Minas Gerais ou cada um tem estilo próprio de movimentação?
São três senadores, os outros dois muito preparados. Cada um tem sua posição. Agora, quando o interesse é de Minas, junta todo mundo. Estamos eu, Zezé Perrela (PDT) e Aécio trabalhando pela elevação dos royalties do minério.