Na esfera criminal, a investigação correrá na Superintendência da PF no Rio. Foram abertos quatro inquéritos para investigar as denúncias, a cargo do delegado federal Vítor Poubel. Ainda esta semana os sócios das empresas serão intimados para depor. A PF informou que, dentre outras tipificações, serão investigados indícios criminais de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e formação de cartel.
Com conhecimento da diretoria do hospital universitário, um repórter que fingiu ser o novo gestor de compras da instituição. Gerentes e sócios da empresa chamados a participar das licitações deram uma aula de corrupção explícita e revelaram as entranhas do submundo das compras de bens e serviços para a saúde pública.
As negociações, gravadas em vídeo, mostram licitações com cartas marcadas, combinações de suborno, formas de pagamento de propina e truques para driblar a fiscalização.
Em nota distribuída nesta segunda, o Ministério da Saúde informou que as fraudes no setor não são novas no Rio e, após auditorias, motivaram, em abril de 2011, a reestruturação administrativa nos seis hospitais federais do Estado - Andaraí, Lagoa, Ipanema, Servidores do Estado, Cardoso Fontes e Bonsucesso. Já naquela época, a Pasta determinou a suspensão e cancelamento de diversos contratos, alguns envolvendo as empresas citadas na reportagem.