Nas reuniões, os líderes políticos querem consolidar a decisão de transformar o Brics em referência no cenário econômico e político internacional. A ideia é ampliar as relações comerciais internas e externas, incentivando a expansão dos mercados exportadores e importadores. Uma comitiva de cerca de 60 empresários acompanha a presidenta e os ministros.
As autoridades brasileiras, com o apoio dos empresários, querem mostrar que o mercado exportador do Brasil não se resume aos produtos agrícolas. Na comitiva presidencial, há empresários de diversos setores, incluindo o de tecnologia de ponta, que participarão do Fórum Empresarial, com a presença de representantes de todos os países que integram o bloco.
Ao final dos debates, os líderes políticos assinarão documentos estabelecendo que todos os integrantes do Brics pretendem ampliar os acordos bilaterais, por intermédio de suas instituições bancárias de desenvolvimento econômico, utilizando moedas locais. No caso do Brasil, o acordo será firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Paralelamente, os líderes pretendem aprovar uma declaração em defesa da paz e da segurança no Oriente Médio e Norte da África. Os destaques do texto devem ser a crise na Síria, em decorrência do agravamento da situação de violência, e o acirramento das tensões no Afeganistão, depois do massacre de 16 civis por um militar norte-americano.
A presidenta se prepara para viajar no próximo dia 26. No dia 28, ela terá um jantar com Medvedev, Hu Jintao e Zuma, oferecido pelo governo da Índia. No dia 29, a manhã e a tarde serão dedicadas às reuniões do Brics. Ela terá ainda encontros com todos os presidentes da República e o primeiro-ministro da Índia. A previsão é que Dilma faça dois discursos ao longo do dia e uma declaração à imprensa ao final. No dia 31, ela deverá estar de volta ao Brasil.