Suposto autor de uma denúncia que associa o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) a cobrança de propina da máfia dos caça-níqueis, o advogado Ruy Cruvinel negou neste sábado que tenha acusado o parlamentar. Por meio de seu advogado, Neilton Cruvinel, ele disse nunca ter dado depoimento, citado na revista Carta Capital informando que parte da arrecadação do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com jogos de azar, era destinada a Demóstenes.
Segundo a reportagem, Ruy foi preso após uma operação para estourar um cassino e contou que, dos R$ 200 mil arrecadados mensalmente no esquema, 50% eram destinados a Cachoeira e outros 30% a Demóstenes, dinheiro que engordaria o caixa-2 de futura campanha do senador.
Segundo a Carta Capital, a informação sobre a suposta propina paga ao senador consta de um relatório sigiloso da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em 29 de fevereiro e que resultou na prisão de 35 pessoas por envolvimento com jogos de azar, entre elas Cachoeira e o delegado Deuselino Valadares dos Santos, cujos relatórios apontariam a participação do senador no esquema. O policial teria parado suas investigações depois de, supostamente, começar a receber dinheiro do grupo envolvido.