O PT e PSB vão continuar juntos na aliança pela sucessão à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de outubro. Em uma disputa acirrada, que mostra a divergência de correntes no partido, 255 delegados votaram neste domingo pela continuidade da dobradinha com o socialistas para tentar reeleger Marcio Lacerda (PSB). Outros 224 petistas se posicionaram a favor do lançamento da candidatura própria.
A reunião, chamada de Encontro de Tática Eleitoral, teve a presença de 497 delegados, sendo que 479 foram credenciados e puderam votar
Com a vitória apertada da corrente favorável ao prosseguimento da chapa com o PSB, os petistas entendem que o imbróglio envolvendo a permanência PSDB na aliança terá que ser definido pela legenda de Lacerda até 14 de abril.
Em 2008, Aécio Neves, na época governador de Minas, e Fernando Pimentel, que deixava a prefeitura da capital, alinhavaram uma aliança informal entre petistas e tucanos e elegeram Marcio Lacerda.
O presidente do PT em Minas Gerais, deputado federal Reginaldo Lopes, afirmou a legenda tem um "veto ideológico" e não legal aos tucanos na aliança. Lopes é um dos defensores continuidade da chapa entre os três partidos à frente do Executivo da capital.
Já vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, defensor da candidatura própria, disse que os militantes petistas contrários à união com os tucanos e socialistas podem abandonar a campanha eleitoral caso fique definida a presença do PSBD.
Dia 15 de abril, os petistas voltam a ser reunir e a indicação do nome para ocupar o cargo de vice-prefeito poderá ser decidido oficialmente. O deputado federal Miguel Corrêa Júnior e o deputado estadual André Quintão aparecem como mais cotados.
Com informações de Alice Maciel, do Jornal Estado de Minas