Deselegante
Haddad evitou comentar a vitória apertada de José Serra nas prévias tucanas. "Entendo que é um assunto interno do PSDB. Considero um pouco deselegante falar a respeito de assuntos que não são relativos ao PT", esquivou-se. O pré-candidato petista disse também que nunca descartou a possibilidade de ter Serra como oponente. "Eu sempre considerei que Serra seria o candidato do PSDB, nunca tive ilusões a respeito disso."
Apesar de não querer entrar em detalhes sobre o resultado da prévia tucana, Haddad rebateu as críticas de Serra sobre a nacionalização da disputa em São Paulo. "Penso que sobraram críticas ao governo federal, apesar do discurso, e faltou autocrítica à gestão municipal. A gestão está com problemas e esses problemas não são assumidos pelo candidato."
O petista lembrou que a atual administração é chamada de gestão Serra/Kassab e que parte dos cargos ocupados hoje na Prefeitura foram indicados pelo ex-governador José Serra. "Os dois fazem questão de dizer que é a gestão Serra/Kassab, nós estamos tratando como eles tratam. Não estamos sendo desrespeitosos", ressaltou. E acrescentou: "Não há como desvincular as duas gestões."
Haddad reafirmou que gostaria de fazer um debate sobre os problemas da cidade, mas notou um tom crítico no discurso de Serra sobre o governo federal. "É até inexplicável, num certo sentido, porque a presidente Dilma não está aqui para responder e foi alvo de críticas, na minha opinião, infundadas, desnecessárias e inoportunas. Estamos tratando de uma questão local e se falou muito do governo federal," observou.
O candidato petista começou sua agenda política por volta das 10h em encontro com religiosos católicos da região do Itaim Paulista, visitou um hospital, uma cooperativa de micro-ônibus e uma central de coleta seletiva de lixo. À tarde, esteve numa obra de urbanização de favelas do PAC e visitou uma escola.