Brasília – Após decidir investigar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a Comissão de Ética Pública da Presidência resolveu ontem pedir esclarecimentos a ele, a respeito de consultorias que prestou antes de integrar o governo Dilma Rousseff. A decisão da comissão foi apertada, com três conselheiros votando contra o pedido de esclarecimento – Américo Lacombe, Roberto Caldas e Padre Ernanne – e três a favor: Marília Murici, Fábio Coutinho e o presidente do colegiado, Sepúlveda Pertence. Diante do empate, Sepúlveda deu o voto de minerva, o que na prática dá prosseguimento ao processo contra Pimentel.
Em dezembro do ano passado, foram reveladas informações de que Pimentel teria faturado R$ 2 milhões, entre 2009 e 2010, com consultorias. Metade desse dinheiro foi pago pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por serviços de consultoria na elaboração de projetos na área tributária e palestras nas 10 regionais da entidade. As palestras nunca ocorreram.