"A esfera federal agora decidiu dispor sobre remuneração dos servidores dos estados", comentou. No fim de fevereiro, o Ministério da Educação anunciou um aumento de 22,22% no piso salarial dos professores. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o reajuste deve custar cerca de R$ 7 bilhões aos cofres das prefeituras e governos estaduais, entre gastos com salários de docentes, contratação de novos professores e reajuste da pensão dos servidores aposentados.
Apesar da crítica, Anastasia disse que não subiu o tom em relação ao governo federal e apenas mantém o "discurso pela gederação". "Esse quadro, justiça seja feita, não é decorrência do atual governo ou dos anteriores. Na realidade, é uma soma de ações, atos, interpretações e princípios que a esfera federal – a incluir Executivo, Legislativo e Judiciário – tem realizado em relação aos estados desde a promulgação da Constituição."
Também como exemplo, o governador destacou a crescente dívida dos estados com a União. Os governadores negociam com a presidente a mudança do índice que incide sobre o passivo. Nessa terça, deputados estaduais mineiros participaram de audiência pública sobre o assunto na Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
Um novo pacto federativo era uma das principais reivindicações do senador Aécio Neves (PSDB), quando estava à frente do governo de Minas. Anastasia disse que, nos próximos dias, vai entregar à presidente o Agenda Minas, um documento que detalha as principais carências do estado, sob responsabilidade do governo federal.