Quem passou nessa terça-feira, durante a tarde, pela porta do salão da Paróquia Santo Inácio de Loyola, na Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, provavelmente pensou que do lado de dentro uma escola de samba ensaiava. Entretanto, quem segurava os tambores, tamborins, agogôs e chocalhos, eram promotores, juízes e chefes de cartório eleitorais que deixaram ontem os ternos e os processos de lado para fazer barulho. Se não fosse só uma brincadeira, a "Unidos do Tribunal", iria fazer sucesso na passarela da Praça da Estação, onde as escolas da capital desfilam no carnaval.A "bagunça" foi promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) em um encontro que reuniu 114 promotores, juízes e chefes de cartório eleitorais do interior do estado em um momento de descontração e integração. O objetivo, foi o de estreitar o relacionamento entre eles, visando sucesso nas eleições municipais, conforme ressaltou a assessora administrativa da presidência do tribunal, idealizadora do "Projeto Mário Demétrio Alberto Barra", Patrícia Montenegro. A batucada, foi uma dinâmica aplicada durante o encontro que os fez enfrentar um desafio e olhar para a dificuldade do outro, além de divertir os participantes.

Nessa terça foi o último encontro do projeto que começou no dia 1º e contou com mil pessoas. Temendo que os juízes, promotores e chefes de cartório eleitoral não participassem do evento, a organização não contou a eles que teriam de tocar tambores, tamborins, agogôs e chocalhos. A formação da escola de samba foi uma surpresa, mas, pelo visto, eles se saíram bem e até ganharam nota 10 do mestre da bateria.