O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), que nessa quarta-feira fechou o acordo para a votação no dia de hoje (28) da Lei Geral da Copa, comemorou o cumprimento do acordo feito, segundo ele, a três mãos: oposição, base aliada e governo. “Hoje o Parlamento deu um exemplo de que é possível o Brasil firmar acordos internacionais e ser referendado pelo Parlamento. Acho que é uma vitória, principalmente do povo brasileiro, a lei que aqui foi aprovada. Estou contente pelo fato de que o acordo firmado ontem foi cumprido por todos os parlamentares”.
Em relação à liberação da venda e do consumo de bebida alcoólica nos estádios durante os jogos da Copa do Mundo, Maia disse que o texto “não libera, nem proíbe”. Ele informou que ainda vai haver debate sobre o assunto nos estados onde a legislação estadual proíbe o consumo de bebida nos estádios. “O que foi aprovado aqui dá aos estados a condição de liberar a bebida nos estádios”.
“Fica liberada [bebida] onde não tem vedação e fica a Fifa [Federação Internacional de Futebol] autorizada a negociar onde tem a proibição. São cinco estados [que têm lei proibindo a bebida] e alguns com acordos com o Ministério Público, que também terá que ser discutido e revisto. Acho que não haverá problemas na questão”, explicou vicente Cândido após a votação do projeto.
De acordo com o relator, o texto aprovado não é a vontade “absoluta” de ninguém, nem da Fifa, nem do governo, nem do Congresso. “foi uma mediação”. Segundo o relator, nos estados onde há proibição de bebida alcoólica os governadores devem propor ao Legislativo local a suspensão da proibição da bebida durante os jogos.
Em relação à decretação de feriados durante os jogos, Cândido disse que o prefeito ou governador poderá decretar feriado ou ponto facultativo nos dias de jogos em suas cidades. “No caso de jogos da seleção brasileira, caberá ao governo federal decretar feriado ou ponto facultativo”.