Em busca da ampliação das relações comerciais e econômicas, os governos do Brasil e da Índia adotaram uma parceria estratégica que engloba saúde, educação, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, programas sociais e ambientais. No penúltimo dia de visita a Nova Delhi, na Índia, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o objetivo é aumentar o valor negociado de US$ 9,12 bilhões, em 2011, para US$ 15 bilhões, até 2015.
Em seguida, Dilma acrescentou que o Brasil considera a Índia um parceiro indispensável e essencial para o futuro. “Os países emergentes são os grandes responsáveis pelo crescimento da economia mundial”, disse. “Temos muito o que dialogar nas áreas de políticas sociais e científicas.”
A presidente elogiou as pesquisas nas áreas química e de medicamentos na Índia. Ela lembrou que no Brasil o esforço é para melhorar a qualidade do atendimento da saúde pública, o que depende também da distribuição de medicamentos. Segundo Dilma, a parceria se estende ainda à venda de aeronaves com radar do Brasil para a Índia.
Dilma reiterou que no Brasil há pelo menos 33 indústrias de capital indiano. De acordo com ela, a cooperação deve reunir os setores público e privado de ambos os países. A presidenta destacou que as relações entre as duas nações são antigas, remetem ao período da colonização portuguesa no Brasil.
“As cores da Índia contagiam o imaginário do Brasil”, disse a presidenta, destacando que brasileiros e indianos têm várias afinidades e desafios comuns. Dilma reiterou que os dois países lutam para combater a pobreza e garantir a inclusão social dos desfavorecidos.
A presidenta chegou no dia 27 à Índia onde fica até amanhã. Dilma participou da 4ª Cúpula do Brics – bloco formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul. Nas reuniões compareceram, além de Dilma e Singh, e os presidentes Hu Jintao (China) e Dmitri Medvedev (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul).