"Não tenho por que me preocupar. O partido reconhece no Stepan uma pessoa com longa militância e honradez. Da nossa parte haverá todo rigor na investigação. Ele também vai prestar esclarecimentos ao Conselho de Ética da Câmara", afirmou Freire, lembrando que Nercessian "não quer envolver o partido porque isso não tem nada a ver com o PPS".
Stepan disse ter pressa de se defender nos conselhos de ética do partido e da Câmara e reclamou de ter nenhuma informação do Ministério Público ou da Polícia Federal sobre as investigações. O parlamentar reiterou que pediu R$ 160 mil emprestados ao bicheiro para a compra de um apartamento e que devolveu logo em seguida, quando conseguiu um empréstimo bancário.
"Eu gostaria que a Câmara tivesse agilidade para instalar o processo no Conselho de Ética e dissesse logo se houve quebra de decoro ou não. Quanto mais instâncias eu tiver para me defender, melhor. Qualquer coisa é melhor do que ficar boiando em um negócio que tem implicações mais fortes", afirmou o deputado. "Não vou constituir advogado até que me digam que eu cometi um crime. Não fui intimado, citado, comunicado de nada. Se eu achasse que fosse crime, não teria feito, porque não sou criminoso", insistiu. Stepan Nercessian garante que não sabia das atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira. "Para mim, ele sempre foi um cara rico, empresário", afirmou. O deputado não sabe quando irá a Brasília, pois foi surpreendido pela morte da irmã, Hainy Nercessian, na madrugada de domingo, no Rio.
Roberto Freire não vê desgaste do PPS com o episódio. "Isso tudo é a demonstração da frouxidão moral que tomou conta do País nesse tempo de lulo-petismo. Não esqueça que esse Cachoeira também tem ligação com o PT. As malfeitorias infelizmente estão atingindo quem é do governo, quem é da oposição, quem não é de nada", afirmou.